O primeiro passo para a tão sonhada vaga começa com simples folhas de papel ou, nos dias atuais, um arquivo eletrônico que chega às mãos do recrutador.
O currículo precisa ser atraente à primeira vista para que, em meio a tantos outros recebidos, seja lido e avaliado.
Formato e design bem trabalhados fazem com que o recrutador veja a preocupação do candidato com o visual – é como sua roupa no dia da entrevista – e isso dirá um pouco da sua personalidade.
Evite longas páginas ou dissertações sobre você. Em duas páginas, bem redigidas e formatadas, é possível relatar os principais pontos sobre a vida profissional, priorizando o que de melhor já desempenhou até o momento.
A fonte, o tamanho e o espaço entre linhas devem ser escolhidos de modo a proporcionar uma leitura confortável ao destinatário. Letras pequenas e frases espremidas podem levar ao descarte do currículo antes mesmo da leitura.
Certifique-se de que a ortografia e gramática estejam corretas. Lembre-se: um simples descuido pode tirar a chance de você mostrar sua capacidade.
Ao elaborar o currículo, coloque-se no lugar do recrutador. Verifique se as informações essenciais como seu objetivo, o cargo ocupado e o período de permanência nas empresas (sempre do mais recente para o mais antigo), bem como suas responsabilidades, estão claras e traduzem o que você quer comunicar ao recrutador.
A formação acadêmica e as conquistas também devem ser inseridas com clareza e objetividade. Comece sempre por aquelas que considera de maior relevância. Vale relatar ações fora do ambiente de busca profissional, como cursos extras e atividades sociais. É preciso ter foco nas informações relevantes, pertinentes ao objetivo e capazes de colocar o candidato numa posição de destaque em relação aos demais – ou seja, devem ser um bom diferencial.
O conteúdo deve ser verdadeiro e dotado de credibilidade. Deixe somente aquilo que você será capaz de confirmar e demonstrar em uma entrevista. Um clássico exemplo disso está na fluência das línguas estrangeiras – muitas vezes se acha que está num nível ou mesmo se exagera na qualificação e, quando é pedida uma conversação ou a realização de um teste, não se consegue atingir o nível declarado, o que é obviamente ruim.
Por isto, certifique-se de colocar apenas o que puder comprovar efetivamente. Se for o caso, realize testes (muitas vezes gratuitos) em locais de confiança para ter mais segurança no que for escrever.
Sendo você um profissional PCD, forneça informações relativas à sua deficiência e às limitações físicas ou mesmo às necessidades de acessibilidade que tem para locomoção e/ou realizar a atividade à qual se está candidatando. Assim, o empregador poderá avaliar a adequação das suas instalações e equipamentos e se preparar para eventuais adaptações.
Um bom recrutador poderá solicitar referências pessoais e profissionais de seus candidatos. Portanto, caso possua, mostre proatividade, fornecendo, no final do currículo, os contatos de pessoas com quem trabalhou e que possam dar boas referências a seu respeito.
Após concluir o seu currículo, faça uma checagem final, conferindo se seus dados de contato (e-mail, celular e redes sociais, se for o caso) estão corretos. Verifique, novamente, se os parágrafos estão claros e sem erros de digitação ou gramática.
Salve o documento em arquivo eletrônico (docx e pdf, por exemplo). Depois, mostre-o a alguma pessoa de confiança – como um amigo próximo ou professor e peça um feedback. Avalie as sugestões de ajustes, se for o caso ajuste o seu CV e mostre novamente à pessoa antes de enviá-lo ou de se cadastrar num site de vagas, como aqui na PCD+.
O planejamento e a elaboração de um bom currículo estará, certamente, preparando você para o próximo passo: a entrevista.
Sucesso em seu próximo desafio!